quinta-feira, 15 de março de 2012

Reencontro Feliz

Estava atrasada na Terça-Feira  para  chegar ao meu   destino às  três horas da tarde,  sabia que não seria possível se esperasse um  coletivo direto, vi um ônibus  indireto e coloquei a mão para pega.

Ao entrar dei de cara com uma amiga muito querida,  não nos víamos a muito tempo coisa de mais de cinco anos, e o mais engraçado é que parecia que nunca tínhamos perdido o contato, voltamos a ser duas adolescentes em destino a escola contando as nossas peripécias. Fiquei muito feliz pelo reencontro casual que tivemos, ela está a mesma " Mila " de sempre, e eu a Carlinha intitulada com muito orgulho de maluquinhada turma.
Cinco anos muda a vida da gente, eu me formando na faculdade e casada, ela em seu segundo casamento e com uma filha já crescida, muitas novidades  não couberam em uma pequena viagem de Coletivo, sendo assim, trocamos contatos e prometemos um novo encontro, a final de contas tudo pode passar, menos o carinho e o amor que cultivamos uns pelos outros.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Tatuagem no coração




Não sei quando tudo começou,só me lembro de não ter  fim. Faz tanto tempo que mais parece uma das minhas tatuagens, em especial uma que diz: "The best" e eu me pergunto será ForeverNão sei dizer, mas não posso me contradizer, digo sempre que nada é para sempre, essa é a lei da vida.


Desabafo




Tem coisa pior do que ser romântica no século XXI? Ainda escrevo versos, morro de amores, sinto falta, choro e sonho.
Ainda me visto de rosas e laços coloridos, sapatinho de bonecas e meu melhor sorriso para alguém que nem liga para isso, não vale mais apena ser romântica, não mais, não no século XXI.

Geminiana Voluptuosa


Gostaria de saber por onde anda aquela garotinha indefesa e medrosa de alguns anos atrás,
por onde olhava via montanhas para ela intransponiveis, a sua volta proteção ao extremo sempre lhe tapando a visão talvez para verdadeira verdade, uma bonequinha de porcelana que ao ser tocada com mais força se quebraria facilmente, não lhes dando a oportunidade de tropeçar e aprender com os próprios erros. Porém sentia que a sua hora chegaria e que quando abrissem as cortinas da vida, teria uma enorme surpresa. E as suas suspeitas foram confirmadas, o mundo era um infinito de conhecimentos somente a sua espera.

Sem medo mergulhou profundamente na vida, pesquisou qual seria o melhor meio de se comunicar sem ser coagida em mostrar se  sem ser exibida, de ser firme sem ser grossa, de demonstrar amor sem mostrar fraqueza. Aprendeu que a liberdade era doce e saborosa mais limitada, que os orgulhosos sofrem e morrem só, que a felicidade são momentos de alegria, que o verdadeiro amor entre duas pessoas não morre, adormece, que a benevolência é como um espelho que reflete quem és de verdade ou esconde uma face obscura e cruel.



Aquela menininha cresceu e se mostrou independente aos olhos de todos, conquistou corações e respeito, brigou com muitos pelo seu espaço, sofreu com suas limitações e agradeceu a Deus por elas, chora por amor a alguém, mas explode de felicidade sempre quando a dizem "te amo", vive intensamente a sua vida e respeita quando te dizem "seja cautelosa" Pés no chão cabeça nas nuvens, assim a descrevo.
Quem ela foi não importa tanto, não se arrepende de nada do que fez, só do que não teve maturidade para fazer, sente falta da ingenuidade de outrora pois se escondia atrás dela, hoje é preciso mostrar a cara e dizer "estou aqui sou eu mesma sou culpada ou inocente de tudo que fiz e faço, me ame por quem sou ou me odeie por isso, para mim tanto faz, meu caráter está formado não poderei mudar mais a não ser que seja para melhor".




Aventura no Fusca laranja

Olá galerinha blogueira que eu gosto, chega mais que vou contar hoje uma das minhas desventuras em série pela cidade do Salvador, mais precisamente dentro de um  carro modelo Fusca e ainda por cima da cor laranja e com lotação de oito pessoas dentro, achou bizarro? então vejamos...
Tudo se passa em uma noite de Sábado, onde três amigas me convidaram para dar uma voltinha e como não tinha nada para fazer, resolvemos ligar para dois colegas que tinham carro para poder  bordejar pela cidade, o que não estávamos contando  é que eles viessem com mais dois amigos a tira colo e ainda por cima dirigindo um fusca a laranja. Ficamos rindo por meia hora antes que todas se apertassem no "carrão", agora imaginem três pessoas na frente e cinco atrás como sardinhas enlatadas (risos), e para variar tem sempre um gaiato dizendo que tem problemas de flatulência soltando todos dentro do carro abafado, caramba foi demais quase morri asfixiada.


Depois de quinze minutos suados chegamos com vida em um barzinho no bairro do "cabula" onde se reúnem muitos jovens baladeiros e é claro, um monte de gatinhos dando sopa. Fomos a atração do lugar, primeiro por chegarmos em um "fusca", segundo pelo mesmo ser laranja e depois por descerem oito pessoas de dentro dele. Pensa que ficamos intimidados "k"..."k"..."k" aproveitamos a situação e não contamos conversa, pois eramos só amigos então cada um por sí e Deus por todos, fomos logo paquerando os boys e os meninos as piriguetes.


Não demorou muito para que nóis mulheres dessemos uns beijinhos, dos meninos só dois ficaram sem bitocar. O negócio estava bom, mas queríamos muito mais, dispensamos os peguetes dando desculpas esfarrapadas e nos dirigimos para um outro bar, na orla do bairro de Itapuã, novamente fomos recebidos com olhares de curiosidade por todos, repetimos a dose ré...ré... pronto, lá estavamos nós de novo beijando muuuuito... desta vez até os azarados ficaram e ai já sabe né?! zoeira total.


E assim dirigindo cada um a uma parada, pela minhas contas foram mais três bares ao todo cinco, nosso record em uma noite, abusamos todos na rua e cantando a  música tema daquela noite, " sou praieiro sou guerreiro, tô solteiro quero mais o quê " fomos para as nossas casas. vixe! me lembro como se fosse hoje daquela noite em que perdemos as contas de quantas pessoas conhecemos e o quanto nos divertimos em uma noite que não tinha nada para fazer.



Sonhar, Buscar e conquistar


Olá pessoal! antes mesmo de começar o meu texto, quero lhes dizer que estou contentíssima em voltar a escrever as minhas linhas e que espero contar mais uma vez com os comentários e críticas de todos, por hoje resumirei os acontecimentos seguintes ao último texto e logo em breve contarei mais minuciosamente variados momentos por mim vividos.




Após o meu último texto "A arte da superação" fui a luta e recomecei a minha vida com o instinto de uma leoa faminta de experiências e amplitude de alma, não demorou muito para que eu pudesse colher os frutos do meu re-descobrimento, fui ficando ainda mais confiante de que tudo quanto quero consigo, mesmo que seja na segunda tentativa sempre chegarei ao êxito se em mim e nos meus eu confiar.



Penso que perdi muito tempo pensando e esquematizando como seria minha vida em tempos a frente e como ou porque escorreguei no pretérito, certa de que tudo ao seu tempo, hoje vejo tudo com soberbia e muita tolerância, pois aprendi a trabalhar as minhas fraquezas mais salientes. Continuo sendo a mesma sonhadora de sempre, porém com algumas modificações e melhorias, sei que para chegar a plenitude da minha tenra " felicidade " ainda faltam muitos obstáculos a transpor, não me importo de percorrer um longo caminho desértico se ao final dele tenho certeza de que mesmo não encontrando um oásis a minha espera, encontrarei nem que seja um copo d'água trazido pelas mãos lívidas dos que amo.



Não foi muito fácil sair de uma quase "depressão" da qual eu quase sucumbi em meu mundo solitário, mas assim que acenderam-se as luzes fora-se o medo da vida não vivida e a pequenez da  visão tão já acostumada a moderar se. Não faço grandes planos ambiciosos para um futuro distante, faço para o hoje, e a cada conquista renovo os sonhos com intensão de reaver tudo quanto eu mesma me privei.
Agora  quando me perguntão quais os meus planos para daqui a cinco ou seis anos, lhes digo o que planejo  e aconteço muito, pois hoje eu sonho, busco, conquisto e o renovo, não deixo uma oportunidade se quer escapar.
Caros amigos, sei que pelas minhas palavras já antederam que a mudança foi brusca, pois no texto anterior falei de minhas mazelas e da minha batalha singular, hoje falo de minha parcial vitória e das conquistas consumadas, penso que daqui para frente todos poderão desfrutar das minhas histórias com doses humorísticas e acontecimentos mais leves da vida. A todos felicito pelo carinho e os escreverei muito breve.

A arte da superação


Oi turma querida! andei sumida por alguns dias, mas peço desculpas e prometo não repetir,  é sobre esta paradinha que eu quero escrever hoje. 

Sempre admirei as pessoas que a cada tropeço da vida sorrir e diz que aquela dor vai passar logo, e que ela o vai tornar mais maduro para a próxima vez, que é inevitável, que maravilha não é? Eu gosto de me espelhar nessas pessoas inteligentes e  aprender com elas a ser forte perante os obstáculos.

Mas infelizmente de alguma maneira caiu uma tempestade em minha vida, e eu me deixei desabar como uma pequena casinha de sapê, que não tem estrutura nem fundação para aguentar tanto peso em cima de si, então fiquei inerte  por dois longos anos.

E foi ai que o meu anjo da guarda após  tantas investidas resolveu me dar um susto, ele foi objetivo comigo "ou tu mudas, ou abandono te", amigos quando eu senti essas palavras  em meu coração foi como se estivesse passando um filme em minha cabeça, mostrando tudo que eu estava deixando de aproveitar e de aprender com a vida, aquele ultimato foi o start que eu precisava para voltar  a realidade, se a vida é feita de barreiras e desafios eu também quero transpor como os meus ídolos da vida real.

Foi ai que me dei conta de toda força interior que existe em mim e que só os outros conseguiam ver, "arregacei as mangas" como diz o ditado popular, mais segura do que um pilar, coloquei em  prática o que outrora ouvir na teoria, busquei o que era meu de direito e fui imensamente feliz quando alcancei.

Meus caros, a vida é como um livro que agente escreve pagina por pagina dia após dia, e o final deste depende somente de nós mesmos, somos o que queremos, temos o que merecemos. 




P.S.  Meu anjo da guarda, obrigada pela chance de mostrar que eu sou capaz de muito e que o meu único obstáculo sou eu mesma.

A saga dos ciumentos


O que será que os homens têm na cabeça que  nós mulheres não podemos nem olhar para o lado na rua que eles perguntam se somos repórter (risos).

Já tive algumas experiências bem interessantes com namorados ciumentos, como por exemplo um   que não queria nem me apresentar para os amigos dele com medo de que eles furassem o seu olho ( Que doido da KBÇA ), Suava nas mãos e nos pés se eu falasse com algum amigo na rua, brigou com o irmão dizendo que ele estava olhando para mim, desentendeu-se com o melhor amigo que ainda por cima era meu primo só por causa de uma bala que ele me deu, pôde uma coisa dessas? 

Era pirado de mais o menino, até queimava o emprego para verificar se eu estava na escola, ia me pegar na porta todos os dias. Quando eu vi que ele já estava passando dos limites, mandei aquela desculpa de que minha mãe não queria que eu o namorasse e  pá...pá...pá... caixa de fósforo...  o homem quase que deu um troço, demorou mais enfim ele me deixou em paz .

Comigo acontece de tudo, as coisas mais bizarras possíveis. Outro maluco quase matou um motorista de táxi com um guarda - chuva, por que buzinou para mim na rua (ta rindo né ? foi surreal ). Outro que eu nem namorava só paquerava, atropelou um homem por que disse que ia me convidar para sair, mandou um recepcionista de restaurante ir para a p@#$%¨$## por que me deu um brinde na saída, maluco não! louco.

Tem mais uma, meu atual me confessou que às vezes  sonha comigo em situações que o deixa sentindo se mal no dia seguinte, por isso mal olha para a minha cara direito " misericórdia ". E quanto a mim, acho que puxei a minha mãe, não sinto ciúmes de ninguém, assim evito brigas e muito mal estar, isso não quer dizer que não o amo, só acho que existem maneiras mais brandas de lidar com as situações desagradáveis sem perder a pose e a educação principalmente nós mulheres que jogo de cintura temos de sobra.

"Namorado de amiga minha, para mim é mulher"


Em um momento de minha vida tive uma amiga muito especial, sabe aquela amizade limpa e verdadeira que quando uma está triste a outra está péssima, e quando uma tá feliz a outra está radiante? sinto muito até hoje pelo nosso rompimento, foi como um casamento de longos anos que rui por falta de confiança onde ambas as partes ainda se amam. 

Tudo ia bem com a nossa parceria, até a minha amiga conhecer um rapaz do tipo bonitinho mais ordinário que se fazia de santinho na frente dela, porém quando estávamos a sós vinha com seu charme de quinta categoria encher os meus ouvidos, e eu como amiga tinha que tomar uma atitude.

 Em meados do mês de Fevereiro, deu se início ao carnaval e como de costume fui curtir a festa com toda a turma de amigas, estávamos tão alegres naquele ano que curtimos todos os dias em um pique só. O que eu não podia imaginar é que o namorado da minha amiga estaria presente o tempo todo com aquele olhar de malandro não só para mim, mas para outras mulheres.

 Para fugir da situação que me encontrava, busquei seguir outro caminho do circuito do carnaval de Salvador, mas para o meu azar em uma das noites o menino brigou com minha amiga e ela acabou indo embora com duas outras. ô... azar o meu!! O carinha  colou na minha turma e  depois de uma hora eu já estava exausta de ouvir aquele papo sem graça que ele investia e resolvi tomar uma atitude, corri até o ponto de táxi depois de me despedir dos amigos   e  quando dei por mim estava acompanhada do menino que para me seguir deu a  desculpa de que iria embora também, pois a sua namora tinha se retirado.

 Quando o vi fiquei gelada e tive que respirar fundo para não dizer um monte para ele, lancei um olhar de reprovação, mas não disse nada, entrei no primeiro táxi que vi e ele me seguiu sem dizer uma palavra. Eu não pedi, mas ele fez questão de me levar até a porta de casa, como era muito tarde aceitei sem reclamar, foi então o momento que ele estava esperando para tentar algo, fiquei transtornada e falei mil coisas que nem me lembro mais, agradeci pela gentileza de me levar até em casa e mandei ele ir  embora.

 No dia seguinte ao acontecimento tive que  contar para a minha amiga, eu já não aguentava segurar aquela barra sozinha. Para a a minha surpresa ela já estava sabendo, porém com uma versão totalmente diferente, ele estava com medo de que eu contasse e ela terminasse o namoro e o pior é que a boba acreditou na versão de quem chegou primeiro.

 Até hoje não consigo suportar a ideia de como tudo aconteceu, ela preferiu ele que acabara de conhecer a mim, que a dediquei por anos  amizade. Tive a alguns dias noticias dela, soube que  havia tido um filho dele e estava infeliz, pois descobriu que ele já era casado e tinha um filho mais velho que o seu.

 Hoje ainda guardo as cartinhas que ela me mandava,  não me sinto culpada de nada e não a culpo pela sua ingenuidade, espero ainda ter a oportunidade de poder a abracar  e tela novamente como amiga.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Só hoje


Neste momento em que me encontro só, penso em como me afastar da solidão que insiste em abraçar-me, me envolvendo em teu laço de perdida escuridão que mais parecem grilhões presos aos meus pés, tenho pensamentos que normalmente não me são normais do dia a dia.
 Penso que estou à deriva em um barco cheio de lágrimas e desilusão, mas do que tanto sinto falta? Tenho amor, compreensão, liberdade, mas ainda assim, existe um vazio aqui dentro de mim que não tolero e não o quero.

Será que estou perdendo a alegria de viver? Será que acordei do sono da ilusão?Ou será que estou colhendo os frutos mal semeados?

Não sei! Mas sinto que a resposta do meu auto-questionamento terá resposta muito em breve, em quanto isso fico aqui, quase sozinha se não fosse a solidão me fazendo companhia, esta é a única visita que me faz mal, espero que ela  fique “só hoje”.

Noite estrelada


Sentindo a brisa do sereno, olhando as belas constelações que brilham sem parar contrastando com o céu azul, a lua perfeitamente posta em seu centro, dividindo a sua luz suave e radiante que sorrir para todos que tem “olhos de ver”, contemplo a noite e viajo para um mundo que é só meu, onde me encontro verdadeiramente, onde por muitas vezes se cala para dar o lugar a máscara  e a  armadura pesada e quase intransponível, que me defende das investidas do mundo disforme.

Sinto me viva, e muito mais perto de Deus, é como se as sua mãos estivessem tocando o meu espírito e acalentando o meu coração, sinto que a felicidade transborda dentro de mim com todo o meu ser, recarregando as energias do meu corpo físico e me preparando para jornadas de gládios constantes.

Quantas vezes já não passei por uma flor bela e cheirosa e não a dei se quer alguma importância? Momentos em que olhei para o mar e não vi o seu verdadeiro propósito?!  Que feio, usufruindo da natureza e nem agradecer por ela existir, que pecado. Se uma pessoa que eu dou ofereço amor passasse por mim e não me cumprimentasse e nem cultivasse o meu afeto ficaria bastante triste e desiludida.
Ah! linda “natureza”, obrigada por nos abraçar todos os dias com seu colo materno, às vezes quente às vezes frio, por nos chamar a atenção sempre às coisas perfeitas do criador e principalmente pela noite estrelada que me é amiga e confidente nos momentos mais difíceis da minha pequena existência.



História sem fim


Quando crianças eu e meus irmãos gostávamos de contar histórias e piadas antes de dormir, era uma rotina que nos fazia relaxar e pegar no sono, mas tem sempre aquela criança sem jeito nem talento para dissertar,e uma destas crianças era eu kkkkk



Sabe quando você não consegue falar duas palavras sem dizer o tal do " ai " ? Porque ai... não sei o que ai...  E o mais cômico é que eu inventava toda a historia na hora de contar e nunca terminava de tão grande a minha imaginação. 

Quando os meus irmãos não agüentavam mais, me mandavam parar dizendo a seguinte frase : "Carla, essa histórias nunca tem fim " ôooo... dó! eu a bichinha tão pequenina, mas sem jeito mesmo para contar histórias, acho que é coisa de geminiana que adora falar.

Eu passava dias sem poder contar nada, quando  tentava começar os meus manos  diziam assim  que " lá  vinha eu com minhas histórias sem fim " eu ficava chateada, chorava e eles se acabavam de rir de minha cara.Que coisa não é! a criança não pode ter nem uma imaginação mais fértil que vira logo alvo de piadas.

Que saudades desse tempo.

Beijo irmãos queridos!!!

"Ser ou não ser, eis a questão"


Desde que passei da fase da adolescência, fico me perguntando como eu podia pensar em ser e ter tanta coisa ao mesmo tempo e o pior de tudo é que eu ainda nasci geminiana louca e indecisa, com um turbilhão de idéias e desejos. Um dia destes pesquisando em minha caixa de memórias, me lembrei de que já fui "Roqueira", é sim, Carla Cristina e as suas mil fases.

Me lembro ainda que depois de curtir Os "Back Street Boys", me rendi a o bom “Rock and roll”, de Lad Zeppelin a Nickelback  e Blinck 182, meus amigos chegaram a pensar que eu estava fazendo isso só para provocar a minha mãe que por sua vez estava coitada, de cabelos brancos comigo e com razão, pois sempre nas Sextas - Feiras eu fugia da última aula só para ir a um barzinho no pelourinho escutar algumas bandas de Rock inclusive a do meu namoradinho “F”
 ( não posso falar o nome até hoje se não minha mãe me come viva ), e chegava em casa pra lá de três da tarde, bem atrasada para quem estudava pela manhã.
Como se não bastasse eu me vestia toda de preto, os meus  cabelos tinham o cumprimento abaixo da cintura, saias e bermudas longas e bem baixas quase sempre mostrando a marca da calcinha, ( horror eu sei ) barriga meio de fora, All Star também preto ou vermelho, quatro furos em cada orelha, inventei de furar o nariz e para finalizar aprendi a andar de Skate com uns amigos do Bairro do Bonfim em Salvador, é ou não é para uma mãe se desesperar?

Minha mãe viu uma filha que sonhava em ser modelo simplesmente se transformar em uma pessoa totalmente diferente, mas no fundo,  acho que ela tinha receio mesmo era que eu fosse homossexual ( besteira ), pois dizia não me ouvir mais falar de garotos em casa,  pobre mamãe, não sabendo ela que eu estava namorando um  menino muito loco.

A vida desde então ficou conturbada em casa, mãe pegava no meu pé o tempo todo, acabei perdendo momentos de felicidade e união entre amigos queridos e familiares, sentir que as pessoas se afastaram por terem os interesses totalmente diferentes dos meus, e como sempre fui muito família, entrei em conflito pessoal : lutar pela rebeldia ou voltar a ser a querida que era? 

Foi quando um alguém bastante estimado me disse uma vez que “para se viver a vida com intensidade de verdade, temos que aprender a conviver com a diversidade, curtir de tudo um pouco” Os mais antigos sempre com a razão e experiência de sobra nos dando um banho não é verdade?

Foi daí, que despertei do sono da ignorância e iniciei realmente a vivenciar os momentos da tenra felicidade, nunca deixei de gostar de Rock and Roll, só o misturei com outros estilos, comecei a ir a todos os tipos de eventos, shows, baladas etc e tal. Não me privo  mais desde então de celebrar os momentos felizes em família e entre amigos, adorei minha nova visão do mundo, curti e curto de tudo dependendo do meu estado de espírito e da ocasião, o importante é ser legalmente feliz sem ferir os outros.

Amor platônico


É sempre muito bom relembrar momentos de nossas vidas quando estas são engraçadas e boas, as lembranças fazem com que nos sintamos mais normais,  e comigo não é  diferente. Em um dia destes de retrospectiva de vida viajei até a minha adolescência, quando me apaixonei perdidamente por um garoto do meu  bairro, dei boas risadas e acho que todos também vão rir dessa aventura.

Eu tinha acabado de passar para o ginásio e mudei de escola, fui estudar em um colégio perto de casa, nossa! tudo era tão diferente do que eu havia visto, existiam várias tribos: roqueiros, pagodeiros, os do Hip Hop , nerd, e é lógico os "namoradeiros" que não podia faltar não é mesmo?  puxa! eu era só uma garotinha de treze anos, como fazer tal decisão?  e como eu nunca nem um beijo tinha dado foi fácil escolher qual galera seria a minha,  fiquei com as beijoqueiras de plantão kkkkkkk...
As garotas não eram fáceis, me ensinaram tudo, passeavamos pelo colégio inteiro fazendo avaliações sobre os garotos, era mais ou menos assim o critério avaliativo: feio, bonito, gays e os 
beijáveis nos divertíamos bastante fazendo caras e bocas para os garotos. Não demorou muito para que eu me apaixonasse por um desses meninos das avaliações feitas por nós, particularmente eu gostava mais dos morenos, mas quando eu vi o o "galego" (é assim que vou chama lo, pois ele é um dos meus amigos das redes sociais ), fiquei zonza pois ele era um garoto branco, dos olhos claros e cabelos também castanhos, no estilo playboy sabe?!

Não parava de pensar no Boy , mas infelizmente ele não me deu bola quando em um momento uma amiga nos apresentou pela primeira vez, fiquei chateada, mas quer saber de uma coisa? eu entendo o cara hoje, sério!! eu era um titico de gente maaagra de dar dó (risos), não foi fácil
Para mim passar três anos gostando deste garoto que nem se quer sabia do meu carinho exacerbado ou se fingia de morto para não ser visitado? sei não, o que sei é que  eu enchia o saco da minha família ouvindo " Back street boys" ( banda POP composta por garotos ) que era a minha segunda paixão e me fazia lembrar o coitado.

Em um momento a escola em que nós estudávamos então iria passar por uma reforma geral, todos os alunos tiveram que ser tranferidos para outras escolas, eu fui estudar então no no colégio Luiz Tarquínio no bairro da boa viagem em Salvador, e para a minha surpresa quem estava estudando lá? Quem?... quem?... ele, o galego kkkkk... o sol ficou mais amarelo, as flores mais cheirosas e
 as minhas esperanças logo se acenderam.

Para  a minha sorte conheci uma amiga do menino logo de  cara, a menina pegava Ônibus todos os dias comigo para ir ao colégio, olha que beleza!!. Em uma das nossas conversas confessei a ela que gostava do seu amigo, ela ficou empolgada e logo tratou de consegui juntar nós dois, e como eu já tinha melhorado um pouco na minha aparência magrela os garotos já haviam começaram a me paquerar, não demorou muito para que nós ficássemos.

Gente que decepção, o cara era um mala sem alça, mal sabia conversar, um tremendo crianção e o pior de tudo metido a  namorador. Puxa! caramba que idiota que eu fui, por que não pesquisei o cara antes? só o julguei pela aparência bonitinha e o resto? Certo e agora o que fazer se o menino queria namorar comigo? Ora,  fiz o que toda mulher faz quando não esta interessada em uma pessoa, e para  isso nem precisei de aulas para aprender, fugi do cara como o diabo foge da cruz (RISOS), acabou a ilusão, acabou o amor meu caro. Foi ai que descobrir o que a expressão  "Não julgue o livro pela capa" queria dizer.

"Boca na parede"



Dentre peraltices de crianças me lembro de uma em especial  que minha mãe ficou fula da vida comigo e meus irmão a alguns anos.

Minha mãe geralmente  fazia compras para passarmos o mês inteiro numa boa, porém  nós comíamos em doze dias mais ou menos o equivalente a comida do mês inteiro, a ressalva era que todos estávamos  em fase de crescimento. Mãe sempre  nos advertia sempre " Olhem aqui, quem tudo come tudo KH " ,mas nada... sóoooooo... comendo ,não era pão com manteiga  era manteiga com pão e por ai vai.
Fizemos a festa comendo tudo em menos de doze dias acredita? pois é, minha mãe deixou que acontecesse o pior... acabou o estoque de comida,  Aaaaaaa!!!  Nós tolos nem ligando para nada achando: "Nada rapaz, quando acabar ela vai comprar mais" , lei do engano, fomos falar com ela  rá...rá... quem disse? ela nem se abalou.

Mainha foi trabalhar no dia seguinte de manhã e só deixou o pão,café,leite e biscoitos, quando perguntamos o que iriamos almoçar ela nos respondeu assim: "vão comer a parede, preguem a boca na parede e comam"  e saiu. Puxa vida, um olhou para a cara do outro com o ar de choro, mas logo pensamos que ela não faria isso com agente. Pois é  meus amigos, deu meio dia ,uma hora da tarde e nada de mãe chegar, começamos a improvisar a comida com farinha da vovó (mistura de farinha e açúcar torrada ao fogo), Nilsom o  irmão mais retado da turma começou a bolar um plano para minha mãe quando chegasse em casa pegar todo mundo com aboca na parede, e assim fizemos... luis  o mais novo  ficou como olheiro para quando ela chegasse ele vir ao nosso encontro  avisar e  correr para se juntar a nós.
Gente só de me lembrar... (risos) não aguento. Tudo ocorreu como combinado, ela apontou na esquina e imediatamente fomos avisados, corremos e prontamente  colocamos "a boca na parede ", para acompanhar aquela cena ilaria soltávamos gemidos  e dizíamos assim: "hum... que delicia...Tá gostoso" (rindo horrores lembrando) mãezinha tomou um susto quando entrou e se deparou com aquela cena triste e engraçada ao mesmo tempo, ela havia comprado o almoço em um restaurante,  fizemos uma algazarra rindo as pompas por  vários dias. Nem preciso dizer que depois da lição  nunca mais gastamos tudo tão rápido quanto antes fizemos com medo do pior é claro. Criança é tudo igual, posso ver agora a história se repetindo nos meus irmãos mais novos e nos sobrinhos.

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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Minha Vida Parte II


A data da morte de meu pai coincidiu com a data do aniversário de minha mãe, e o que era para ser comemorado virou solenidade fúnebre. Acredito eu que por este motivo a minha mãe não gosta de celebrar o seu aniversário até hoje.



Após poucos meses, tivemos que deixar a casa onde morávamos de aluguel, não tínhamos mais como nos manter ali. Foi então que um anjo chamado "Maria de Lourdes" (minha avó materna) nos convidou para morarmos com ela em sua casa, fomos todos: Minha mãe, eu e meus irmãos para mais uma jornada.
Vivemos... ou melhor, sobrevivemos com dificuldades, mas quem nunca passou por apertos não é? 

Não posso negar que existiram pessoas que ao ver a nossa fragilidade fizeram lá suas previsões malvadas sobre o futuro de cada um, porém sabemos que o mundo é regido pela energia benevolente de Deus e todas aquelas provações viraram amadurecimento e crescimento espiritual para todosHoje somos um grupo de empresários, gestores e lideres de família, queridos por todos, até pelos incrédulos do passado.



P.S. Estes textos são memórias resumidas dos textos do meu blog antigo, no qual dediquei-os aos meus irmãos: André, Cátia, Nilson e Luis. 

Minha Vida Parte I


Para começa  nada melhor do que um resumo da minha vida, que me foi dada de presente por Deus para que meu espírito aprendesse e evoluísse segundo os seus mandamentos. 



Nasci no dia 29/05 de 1985, no município de salvado estado da Bahia, na maternidade Iperba no bairro de Brotas. Fui bem recebida no seio daquela família humilde de bens, contudo rica em afeto, Sendo eu a terceira filha de um  casal de jovens: " Marta Cristina e Josmar de Carvalho", dois guerreiros que se encontraram nesta vida para juntos estabelecerem a continuidade da batalha de evolução terrena. 

E foi com um ano e dois meses de vida, que experimentei pela primeira vez, a saudade de um ente querido e a mão da provação divina descendo sobre nós, meu pai faleceu em 08/07/1986, na BR 324, acidentado por um carro. Não culpo ninguém pela morte de papai, pois, só quem pode julgar é o nosso pai celestial.

Minha mãe contou-me uma vez, que meu pai sentiu que a hora do seu desencarne estava próximo, na noite anterior ele experimentou de sensações angustiantes como ansiedade e inquietação, mas a minha mãe como pessoa cética que era, não compreendeu quando ele a revelou o seus sentimentos. Aquela noite passou mas, com ela não se foi o mêdo de papai, ele sempre quase todos os dias... (assim disse mamãe e meus irmãos) levava café na cama para ela, e naquele dia foi um café mais que especial, foi o último da vida terrena dele que simplesmente se negava a ir trabalhar , mais uma vez a minha mãe teve que  interceder e acalma-lo e então ele se foi... olhando pela janela do coletivo que pegava todas as manhãs até a curva onde desaparecera, mais tarde então a notícia fúnebre de que ele havia desencarnado.